“Onde Vc Estava Quando Eu Acordei? Um Atentado Virtual” - Atuação e Virtualidade: Experiências, Riscos e Encruzilhadas

Por Diane Veloso, Flávia Teixeira e Giuliana Maria
04/02/2021

Resumo: “Onde Vc Estava Quando eu Acordei? - um atentado virtual” é um espetáculo de teatro on-line, apresentado ao vivo, concebido em meio ao distanciamento social de 2020, que marca o reencontro em cena, após 15 anos, das atrizes Diane Veloso, artista sergipana residente em Sergipe, e Giuliana Maria, criada em Sergipe e residente em São Paulo, dirigidas pela maranhense Flavia Teixeira. A montagem se constrói entre a realidade do momento de cada atriz (em quarentena) e a ficção das personagens, como uma espécie de documento em várias camadas: os 15 anos de história dessa dramaturgia em composição com a trajetória das atrizes até seu reencontro virtual.

Palavras-chave: #teatro #teatroonline #teatroexpandido #feminismos #avessagrupa

 

“Aqui estamos. No princípio e no fim do mundo” (Sara)

 

Um relato sobre o espetáculo “Onde Vc Estava Quando Eu Acordei? - um atentado virtual” (por nós abreviado como “OVEQEA?”) requer uma digressão à fundação do Grupo Caixa Cênica, em Aracaju/SE, passando pela dificuldade em se fazer arte no Brasil, principalmente no menor estado do país, e pelo inusitado reencontro, por vias digitais, de duas atrizes que teimaram em continuar existindo durante a tragédia de uma pandemia, num país que vive um dos maiores desmontes do setor cultural.

 

“Estamos em guerra” (Sara)

 

O ano é 2002. Diane Veloso, Leandro Goddinho e Fábio Rodrigues eram jovens atores na busca pela possibilidade de se fazer teatro em um terreno de políticas públicas culturais inexistentes; um teatro que pudesse dar conta de tantas questões geopolíticas, sociais, culturais e humanas, que até hoje envolvem o “ser artista” no menor estado do Brasil. O caminho escolhido não foi simples de se definir: o chamado teatro de pesquisa talvez fosse uma via para que esse trio pudesse desvendar um fazer teatral “autêntico”, com uma linguagem que transbordasse tantos quereres e peculiaridades de artistas de teatro nordestino, sergipano.

Ainda em 2002, o Caixa Cênica recém-nascido ingressa em sua primeira montagem, em parceria com o diretor carioca Sidnei Cruz e o escritor pernambucano Marcelino Freire. Acontece que Leandro Goddinho migra para São Paulo e o grupo entra num primeiro período de “crise”. Diane, na tentativa de encontrar um novo caminho de pesquisa para a próxima montagem, encontra a dificuldade de acesso a textos dramatúrgicos, textos que abordassem a questão de ser mulher num mundo patriarcal - um dos pontos centrais do seu discurso artístico - e, em meio a conversas com Sidnei Cruz, fica decidido que ele seria o autor dessa nova empreitada. Longas conversas, sonhos, conflitos, desenhos e, em 2005, surge “Onde Vc Estava Quando Eu Acordei?”.

A dramaturgia é inspirada no “SCUM Manifesto - Society for cutting up men” (da feminista Valerie Solanas - 1968) e cola muitas coisas ao mesmo tempo: a) a técnica do cut-up - de William Burroughs, que tem a intenção de disseminar a colagem, o aleatório e o pensamento sensível em uma nítida associação hilária ao texto de Solanas; b) a ideia do cinema de flashbacks, de close e recortes; c) com procedimentos que vêm dos surrealistas, do cinema contemporâneo, da dramaturgia becketiana, do absurdo de Ionesco, de Nelson Rodrigues - os vários planos, um tempo real e um tempo psicológico; e d) o rompimento com o tempo contínuo dos pós-dramáticos

Foto 1: Vinícius Fontes Aracaju/SE 2005

 

 

 

“Que bom que você veio, Sara,”... (Vera)

 

                     

 

Foto 1: Vinícius Fontes Aracaju/SE 2005

Quase em sincronia, a atriz Giuliana Maria é convidada a fazer parte não só dessa viagem, mas também da construção de grupo. As duas atrizes começam uma primeira imersão na dramaturgia e, dentro do procedimento de trabalho do grupo, criam performances de fragmentos do texto, fragmentos da pesquisa que abrem ao público em forma de “banquete”. Foram quatro “Banquetes-OVEQUEA?”, quatro experimentações onde o público era convidado ao mergulho nas profundezas de um terreno ainda pantanoso, de um universo ainda em descoberta pelas duas jovens atrizes: uma lona de circo, um porão, uma sala de dança e um galpão foram os espaços habitados por suas propostas. Vinho, frutas, pão, banda fazendo um rock improvisado e visceral; na cena: cutelo, ossos e sangue cênico; no suporte: mulheres, suas próprias mães, amigas não-atrizes que cederam a essa convocação e formaram o coro em uma das vivências/instalações. O espetáculo da forma mais tradicional não foi montado: a sina se repetiu e o terreno pedregoso não permitiu que a experiência tivesse um fluxo mais frutífero, mas ela ficou tatuada na história do grupo e das duas atrizes. Nessa viagem, Giuliana parte para São Paulo em busca de uma formação teatral dita oficial. O tempo trouxe a distância, e as duas seguiram trilhando suas trajetórias artísticas, mas o desejo “engavetado” de um reencontro habitou suas corpas, e o inusitado nos faz supor que o destino tinha planos mais ousados para este projeto, com data, hora e dia marcados.

Em fevereiro de 2020, Diane e Giuliana haviam retomado alguns diálogos, levantando interesses de pesquisas artísticas em comum, e já neste momento, remotamente, sem poderem supor o que aconteceria com o mundo logo mais... 17 de março de 2020 - Brasil pandêmico - o mundo parou, as pessoas foram proibidas de se encontrarem e as atrizes então assumem que a virtualidade seria o lugar possível de sobrevivência artística, humana e afetiva entre elas. A densidade do momento trouxe à tona a lembrança do projeto inacabado, numa impressão de que nunca fora encerrado, mas de que o processo continuava secretamente seguindo seu curso, para chegar neste dia. Até o texto original impresso do “OVEQEA?”, com data de 2005, escrito à caneta na capa, estava ali, numa gaveta, aguardando este momento. Como um poema-bilhete-manifesto escrito para o futuro. E a primeira leitura, após 15 anos, foi cheia de emoções, lembranças de muitas histórias nas vidas das atrizes, e de reconhecimento deste tempo como fundante para o projeto artístico de cada uma. A distopia “perfeita” e a maturidade das atrizes se tornaram terreno fértil: o reencontro de Vera e Sara aconteceu.

 

“Quem alguém ninguém por puro acaso ou coisa

parecida encontrar esse poema bilhete manifesto

saiba que num passado presente futuro distante

duas mulheres corajosas resolveram dar um fim

na vidinha merda que levavam sem saber até

que acordaram e voaram para um lugar distante e

ainda muito desconhecido por todos sem mala sem

bala sem flor sem iaiá e sem iôiô para nunca mais voltar”.

(Vera e Sara)

 

O desejo era explícito: realizarmos este projeto virtualmente juntas. Porém, faltava um olhar feminino que orquestrasse a obra, uma artista que tivesse a sensibilidade de construir junto, atenta à singularidade desta montagem, não só pela sobreposição dos reencontros das personagens e das duas amigas em cena, mas também pelo momento histórico trágico que o mundo inteiro, e principalmente o Brasil, vivem. Além disso, pelo fato de ser um projeto totalmente independente, sem apoios nem aprovação em nenhum edital que garantisse remuneração, essa artista precisaria aceitar se engajar conosco de forma apaixonada, mas um tanto despretensiosa quanto a garantias futuras - aliás, como falar em garantias ou futuro em 2020? Foi assim que chegamos a um nome, dentro do nosso círculo íntimo de afetos e admirações: a convidada seria a artista maranhense e amiga de Giuliana da Escola de Arte Dramática (EAD/USP) e também de outras experiências cênicas, Flavia Teixeira, que aceitou animada o convite para assinar a direção do trabalho, para a nossa surpresa e alegria. Três mulheres cientes dos desafios do projeto, entendemos que a reelaboração do fazer, do como e de que forma seria feito, era fundamental. A proposta foi então a construção de uma direção horizontalizada e a reelaboração do olhar que resultasse numa postura decolonial sobre a montagem. Muitas leituras, experimentações, exercícios, conversas e desabafos numa vontade de fazer com que os 2167 km de distância não fossem um impedimento para nossa ação.

 

Foto 2 - Jetmir Idrizi: Berlim/ São Paulo/ Aracaju 2020

 

“A Avessa Grupa se forma  no desejo de borrar fronteiras, no enfrentamento das distâncias físicas que nos caracterizam, pois para além da necessidade de isolamento físico, cada integrante da grupa é de um estado do Brasil; e na tentativa de investigar os limites das linguagens teatro/cinema/performance em meio à ocupação das redes sociais e plataformas digitais, que se tornam a nossa sala de ensaio e projeto a ser pesquisado, ao mesmo tempo que único lugar seguro e possível de encontro com o público, de elaboração e produção poética em tempos de pandemia e de sobrevivência artística no Brasil de 2020”.

(Avessa Grupa)

 

Adentramos o espaço virtual com a mesma curiosidade e disponibilidade de quando começamos um novo processo teatral: reconhecendo o espaço, nosso corpo diante dele, mas agora, também ajustando as percepções, a escuta, o jogo e o texto em relação às novas circunstâncias, às dificuldades e ao desafio da saída do tridimensional para o bidimensional, dentre outros. E logo nos deparamos com a questão da necessidade de conhecimento técnico para utilização desses espaços e das linguagens que se revelavam durante os ensaios.

 

“... as mutações biológicas necessárias ainda estão começando. Nós nem percebemos, mas já estamos mudando. Asas, rotações de cabeça, membros que aumentam e encolhem, essas coisas, sabe? Novos ambientes exigem novos corpos, novos tipos de seres, de espécies, adaptações, adequações, desapegos, transferências, esquecimentos, desmemórias, trans-sentimentos. Quem ficar nessa que nós estamos será pesquisado como passado, como aquilo que um dia fomos.” (Vera)

 

            

                         Fotos 3 e 4 - Jetmir Idrizi: Berlim/ São Paulo/ Aracaju 2020

Investigamos a linguagem cinematográfica a fim de ampliarmos as possibilidades de produção poética e de jogo na rede, em específico as técnicas de montagem e edição. Nesse sentido, outro material base para o trabalho foi o documentário Everything is a Remix, que desmistifica a figura do artista supremo, aquele que se acredita isento de qualquer inspiração ou mesmo “cópia” prévia, que modela sua arte a partir do nada e de lugar nenhum - ele serviu para abandonarmos o fardo da ideia genuína e o perigo de qualquer pioneirismo diante do processo. A ideia de remixar: copiar, transformar e combinar elementos diversos para a partir daí, ressignificar a experiência, nos interessava. E por entendermos que as redes têm sua própria linguagem: formatos, tamanhos - e que em alguma medida estamos cada vez mais condicionadas a ela, começamos a investigar como se conta uma história, para além dos 60 segundos ou 3 minutos.

Nesse novo espaço, a própria tecnologia, a internet e sua conexão, a investigação das linguagens já existentes na rede e o domínio dos elementos da cena revelaram-se como campo de batalha. Manipular esses elementos ao vivo foi e é um desafio, pois ser atriz nessas circunstâncias significa acumular as funções de iluminadoras, cenógrafas, contrarregras, sonoplastas, câmeras, figurinistas. Tudo enquanto atuamos, contamos, além do próprio desafio de como contracenar nessa nova condição. Esse panorama nos levou a elaborar a ideia/imagem de uma atriz-polvo, com nosso arsenal de guerra montado em casa. E isso também escancara uma grande questão em torno do que temos feito/elaborado: o que fazemos é ou não é teatro? Já que fomos arremessadas violentamente em nossas casas, nos afastamos fisicamente, e na tentativa de diminuir as distâncias, tivemos que ressignificar os afetos, estarmos presentes. A internet tornou-se o lugar. Já o era, para alguns, mas diante da pandemia, da necessidade de distanciamento físico, ganhou dimensões e proporções de grande relevância no cotidiano das pessoas: a internet, as mídias, as redes sociais, podcasts - a grande rede, onde “todes estão juntes”, onde a ideia de distanciamento só encontra dificuldade na ausência de uma boa conexão - se o sistema é o mesmo, mudam-se os lugares mas a exclusão permanece. Porém, apesar da cena virtual ter feito surgir nosso conceito de “atriz-polvo” em ação, isso não nos distraiu, em nenhum momento, da compreensão de que não pretendemos abraçar a “precariedade” no fazer: as funções de cada profissional técnico do teatro, de toda uma cadeia produtiva das artes cênicas é definitivamente insubstituível e consideramos importante marcar esta posição.

Os ensaios e a montagem foram acontecendo em vários eixos, sem que em nenhum momento nós nos encontrássemos pessoalmente. Fomos dilatando percepções, fortalecendo os vínculos e tornando mais palpável a nossa conexão, ao mesmo tempo em que também fomos elaborando um jogo que passou a absorver as “dificuldades” de criar nessas plataformas: os delays, falhas de conexão, microfonias e a manipulação de todos os objetos e recursos de cena (luz, sonoplastia, câmera, etc) além de criar metalinguagem a partir desses elementos. Realizamos três apresentações no formato work in progress, pela plataforma Zoom. Utilizamos os flashbacks, filtros, projeção de imagens, inversão de planos, espelhamentos, sons externos, closes, cortes, movimentos de câmera, edições, mixagem, mas preferencialmente a artesania, na tentativa de ressignificar os objetos das nossas casas para compor os jogos de cena, criando uma teatralidade que vai do hiper-realista ao onírico, assumindo sim a precariedade, mas como linguagem.

Em sequência, experimentamos o que chamamos de “atentado virtual” pelo Instagram (em formato de live) como tentativa de ampliação dos sentidos do próprio trabalho na rede/em rede e em busca do encontro de possíveis espectadores curiosos pela experiência. A chegada e a permanência do público durante toda a apresentação, além da grande repercussão e o retorno daqueles que viram, impulsionou a projeção de um novo “atentado”. Porém, podemos dizer que os 7 meses de pesquisa/montagem e as apresentações, foram tecendo o entendimento de que a escolha da plataforma de exibição também compõe a linguagem do projeto e, portanto, a plataforma Zoom foi eleita para a atual versão do espetáculo - o que não significa exatamente que seja algo definitivo, pois tudo aqui parece seguir em processo de constantes perguntas. E assim foi se tornando possível a viagem juntas, em cumplicidade de memórias, desejos, sonhos e ações das personagens que saem do papel, entram no mundo digital e ganham outras poéticas. Só faltava uma coisa: experimentar o importante detalhe de monetizar a empreitada. Nesse sentido, seria possível entrar em temporada? Existiria um público interessado em pagar para assistir esta obra? Como chegar nesse público? Como despertar o interesse?

Foto 5 - Cartaz de Rafaella Simbol: São Paulo 2020

Foto 5 - Cartaz de Rafaella Simbol: São Paulo 2020

Percebendo que as parcerias são a forma de resistência dessa arte que vive em crise por toda sua existência, dentro e fora das redes, a primeira temporada aconteceu em outubro de 2020, em parceria com a Pandêmica Coletivo Temporário de Criação - coletivo que se formou durante a pandemia e ocupou a plataforma Zoom com uma qualidade técnica, artística e de gestão que muito nos interessava conhecer. Esse também foi o momento da chegada da quarta componente da grupa, a artista visual Rafaella Simbol, que criou o cartaz da temporada e ampliou a linguagem da colagem dentro do processo e, juntas, chegamos ao entendimento do quanto uma experiência digital exige uma nova forma de ocupar as redes e produzir conteúdos que dialoguem com o conceito da própria obra, para chegarmos no público.

Além disso, como estratégia para ampliar o interesse na temporada virtual, produzimos três formatos de apresentação do espetáculo, oferecendo uma possibilidade de estender prazerosamente o encontro com o público, dialogando com o procedimento dos primórdios do nosso encontro artístico, o teatro festa/banquete: a) abrimos uma pista de dança ao som do músico Alex Sant’Anna; b) criamos uma descontraída sala de conversa sobre o processo e as impressões do público; e c) oferecemos um bate-papo disparado pelos temas abordados na peça, com as convidadas Mara Caffé (psicanalista) e Thereza Rocha (pesquisadora em artes da cena) - sempre ao final do espetáculo, em cada dia de apresentação nesta 1ª temporada. A experiência nos trouxe feedbacks e impressões que nos levaram de volta à nossa sala virtual de ensaio, com novas inquietações. Surgem novos experimentos e desapegos, que culminam em novas propostas de cenas, confirmando para nós uma característica fundante deste projeto que é permanecer em processo de escuta e criação contínua.

Em dezembro de 2020, "Onde Vc Estava Quando Eu Acordei? - um atentado virtual" foi um dos espetáculos selecionados para participar do 11º Festival Popular de Teatro de Fortaleza, ao lado de vários coletivos e artistas de todo território brasileiro. Aqui, a quinta componente, Luana Nogueira, chegou pra repensar com a grupa, de forma mais profunda, o caráter audiovisual da obra. E assim segue nossa pesquisa: três atrizes, sendo uma a diretora desta obra, uma artista visual e produtora de conteúdo, uma profissional de audiovisual. Novas formações para uma grupa que nasce num tempo ao avesso, em que é preciso se agrupar (sem aglomerar) e se reinventar para existir. Aliás, a pesquisa desenvolvida diante deste processo tão singular, a ocupação das redes, a autogestão, as fronteiras entre as linguagens são temas que têm despertado encontros, e por isso, durante nossa trajetória, foi oportunizada também a ampliação de diálogos com alunes das faculdades de teatro como a UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e a UFMA (Universidade Federal do Maranhão).

O que é, se é ou não é teatro, se deixou de ser, passaram a não ser as perguntas mais importantes a serem feitas. Embora elas existam e nos acompanhem até hoje, elas não nos paralisaram; ao contrário, nos mobilizaram, menos pelo desejo de respondê-las e mais pela vontade de invencioná-las, como criança que brinca. A encenação de "Onde Vc Estava Quando Eu Acordei? - um atentado virtual'' é a nossa resposta à ocupação das redes, a elaboração do que reconhecemos enquanto fricção das linguagens fundantes da obra - o teatro e o cinema - e as novas possibilidades estéticas possíveis. É uma resposta a todas essas questões e a tentativa de, enquanto artistas, continuarmos produzindo sentidos e reflexões, existindo.

 

 

"Ficar parada é a forma mais terrível de ação.

Adrenalina pura.

Encontrar a forma certa de respirar é quase impossível.

É quase não respirar.”

(Vera e Sara).

 

Foto 6 - Jetmir Idrizi: Berlim/ São Paulo/ Aracaju 2020

 

 

 

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08/02/2021 - Tairone

Muito bom ver através desse texto, essa linda tragetória engajada. De um trabalho que o texto gera muitas reflexões, uma encenação muito sensível e atrizes potentes. Um trabalho que surge da necessidade do fazer e que se permite permear pela nova forma do fazer.